Pacheco diz que ideia de mandato com prazo fixo para ministro do Supremo é boa para o país e para o tribunal

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, afirmou que é favorável à ideia de mandato com prazo fixo para os cargos de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF).
Rodrigo Pacheco coloca em pautPEC que limita poderes do STF.

Debate ganhou força após insatisfação de setores do Congresso com ações no STF. Atualmente, ministros do STF podem permanecer no cargo até atingirem a idade-limite de 75 anos para aposentadoria no serviço público.

O presidente do SenadoRodrigo Pacheco (PSD-MG), afirmou nesta segunda-feira (2) que é favorável à ideia de mandato com prazo fixo para os cargos de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). Atualmente, um ministro do STF pode ficar no posto até completar 75 anos, idade-limite para aposentadoria no serviço público.

Tramita no Senado uma proposta de emenda à Constituição (PEC), de autoria do senador Plínio Valério (PSDB-AM), que fixa em oito anos o mandato dos ministros da Corte, sem direito à recondução.

O tema, que já apareceu no Congresso em anos anteriores, ganhou força novamente com recentes julgamentos no STF sobre temas de forte impacto social.

O STF decidiu, por exemplo, considerar ilegal a tese do marco temporal para demarcação de terras indígenas. A tese, que vinha sendo usada para demarcações, só permite demarcações em terras que estivessem ocupadas por indígenas no dia 5 de outubro de 1998. Indígenas comemoram a decisão do Supremo, mas a bancada ruralista vê risco para as propriedades rurais.

O STF também começou a julgar ações sobre o aborto e sobre o porte de maconha para uso pessoal.

Na visão de setores do Legislativo, esses temas são de responsabilidade do Congresso, a quem cabe fazer as leis.

Pacheco foi questionado por jornalistas sobre a PEC que fixa mandato para os ministros do STF.

“Acho que a tese do mandato para ministro do STF é algo que é bom para o poder judiciário, é bom para a Suprema corte e é bom para o país.”, afirmou Pacheco.

Além disso, Pacheco também afirmou que é favorável à mudança da idade mínima para a condução ao cargo, que atualmente é de 35 anos.

“Acho que duas coisas são fundamentais: elevação da idade mínima, que hoje é de 35 anos pela Constituição, e também alguma forma de aposentadoria, após o fim do mandato do ministro”, disse

Por fim, o presidente do Senado comentou que o momento para se debater o assunto será após a próxima indicação do presidente Lula para preencher a vaga que era ocupada pela ex-presidente, ministra Rosa Weber, que se aposentou na última quarta-feira (27).

Clima tenso

A relação entre Pacheco e o STF tem estado estremecida nas últimas semanas. Dias depois de o STF formar placar de 5 a 1 a favor de liberar porte de maconha para consumo pessoal (o julgamento está suspenso, a pedido do ministro André Mendonça), o presidente do Senado apresentou uma proposta para incluir na Constituição a proibição do porte de qualquer tipo de droga.

Já na semana passada, após o Supremo decidir contra a aplicação da tese na demarcação de áreas indígenas por 9 votos a 2, a proposta do marco temporal foi pautada e aprovada pelo plenário do Senado, por 43 votos a favor, contra 21. A votação ocorreu após a ameaça de obstrução de pautas, pela oposição.

Fonte: G1

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