“Racha Familiar no Ceará”
O senador Cid Gomes, atualmente no PDT, enfrenta uma situação tumultuada com seu irmão, Ciro Gomes, e procura uma nova filiação partidária. Em meio a essa turbulência, há um direcionamento claro para sua adesão ao PSB, sob a liderança do vice-presidente Geraldo Alckmin, prevista para janeiro de 2024.
A decisão de Cid foi motivada por um desentendimento com Ciro durante uma acalorada reunião em outubro do ano anterior, culminando em sua ameaça de deixar o PDT. Este conflito levou a uma intervenção no diretório estadual do partido no Ceará e posteriormente foi judicialmente suspenso em novembro.
Embora tenha sido cogitada a possibilidade de filiação ao PT, Cid encontrou resistência na cúpula petista. No entanto, o PSB surge como a nova casa política do senador, onde ele já esteve por oito anos, sendo eleito governador do Ceará pelo partido em 2006 e 2010.
O movimento de Cid para o PSB terá um impacto significativo no equilíbrio do Senado, reduzindo os senadores do PDT para dois e aumentando para cinco os representantes do PSB, liderado por Alckmin. Isso acontece em meio a um racha interno no PDT cearense, originado nas eleições de 2022, quando o partido lançou um candidato rival ao PT para o governo do Estado.
A vitória do candidato petista nessa disputa gerou um impasse entre os grupos de Ciro Gomes e os apoiadores do presidente Lula no Ceará. Enquanto o PDT fez um acordo a nível federal com Lula, no Estado, a adesão não foi oficializada devido à postura oposicionista dos aliados de Ciro ao governo petista.
Essa reviravolta política destaca não apenas o desentendimento entre os irmãos Gomes, mas também as implicações estratégicas e políticas para as eleições futuras no Ceará e a dinâmica das alianças partidárias a nível nacional.